"Amamentar é um ato de amor" - você provavelmente já ouviu ou até mesmo reproduziu essa frase em algum momento da vida. E de fato é, afinal de contas, alimentar seu bebê é um gesto único de entrega e troca e muitas mamães tem o privilégio de passar por essa fase sem nenhuma intercorrência: leite abundante, pega correta, nenhuma alergia ou intolerância no bebê. Porém, a maternidade real é uma caixinha de surpresas - alegrias e frustrações - e nem sempre é possível corresponder as expectativas como gostaria. E é sobre a alimentação além do peito que vamos conversar hoje.
Ao questionar nossas mamães sobre como se sentiram quando perceberam que não poderiam amamentar, as respostas vieram num tom parecido: "Me senti uma péssima mãe. Incapaz de poder alimentar a minha filha da maneira como tinha que ser." (EMV).
Existe um consenso universal qual o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês é recomendado em virtude dos processos fisiológicos digestivos e imunológicos que o bebê passa nesse período.
Contudo, não podemos romantizar a amamentação:em muitos casos existe sim, muita dor e sofrimento envolvidos, o que dificultam e impedem o ato de amamentar.
Em contrapartida, o mercado hoje oferece uma gama bem grande de fórmulas alternativas ao leite materno, que garantem a nutrição e oferta de nutrientes necessária atendendo a necessidade de cada bebê.
(Imagem: João e Marina Fotografia)
O processo de alimentação, seja ele através do aleitamento ou da mamadeira, envolve confiança, dedicação, apoio e conhecimento, pois apenas informações soltas não são suficientes. Existe a crença que a mãe precisa amamentar a qualquer custo, em quaisquer circunstâncias ou que a dor são ossos do ofício.
A verdade é que a amamentação não precisa ser uma fase de dor e sofrimento e que diante de quaisquer dificuldade, a mãe deve procurar auxílio profissional para ter orientação e apoio, visto que a saúde do bebê e da mãe devem ser prioridades.
Um dos fatores que contribuem para essas crenças vem da frase qual iniciamos esse artigo, onde acredita-se que "amamentar é um ato de amor". Ao afirmar isso, inconscientemente entende-se que qualquer outra forma de alimentar seu bebê não é boa o bastante. Com isso vem a tristeza, frustração, sensação de incapacidade e comparação. Porém, se tem algo na vida que é capaz de ser transmitido em diversas formas, é o amor de uma mãe por seu filho.
(Imagem: João e Marina Fotografia).
O acolhimento, compreensão e autocompaixão são fundamentais nesse processo de aceitação. Procure se cercar de profissionais que entendam a sua dor e que possam trabalhar com alternativas que aliviem o seu sofrimento. O importante vai ser sempre alimentar o seu filho, independente da forma.
Só uma mãe sabe a dor e a alegria que a maternidade fornece e não existem regras ou certo e errado quando se torna mãe. Existe o que é possível dentro daquilo que é o ideal e entenda, nem sempre será possível. E tudo bem. Sinta-se inteiramente incrível por dar o seu melhor diante de cada situação.
O amor líquido é o que há de mais valioso durante essa fase. Se ele vem do peito ou da mamadeira não importa mais que a saúde da mãe e do seu bebê.
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Com carinho, Família João e Marina